Poesia Ode ao bar

eu, que flagra!


Certos bares
são como lares
que nos acolhem
que nos escolhem
para adotar.

Órfãos que somos
em noites insones
lobo sem dona
loba da estepe
valetes e damas
vão se encontrar

Certos bares
são como Hermes
de saudosos bardos
Prados, Cardosos,
Walmores, Bias,
Cachorros Loucos
pela poesia.

Certos bares
são relicários
Kappelle, Stuart,
Alemão, Pudim,
Becks, Batata,
Bife, Tatára
tomara que seja
sempre assim

Entre um bar que abre
e outro que fecha
tem sempre uma brecha
onde a poesia
namora escondido
com a boemia.

Curitiba é o bar
e o bar é o mar
que não se comporta
que abre a porta
e se deixa vazar.

Curitiba é o bar
e o bar é o mar
onde a musa
da música
vai se banhar