Lota Moncada

Ando lendo e ouvindo muito a Lota Moncada. Eu só a conhecia como atriz, mas em 2011 conheci a poeta e me encantei.




Compartilho com vocês, o poema "El día se levanta", de e por Lota Moncada.

Poesia Por volta do meio dia

Por volta do meio dia

Tonicato Miranda

Dois do ano, Janeiro é o mês
Emprestando de Thelonious Monk
"por volta da meia noite" quase fria
Ouço Miles Davis
por volta do meio dia.
Tudo está tão calmo
Ninguém distante virá à mesa
Não há preces, nenhum salmo
Vamos calados comer
da salada à sobremesa
Vamos calados beber
o desjejum de quem acorda de tarde
e diariamente morre antes de dormir tarde.
A vida continua áspera
E em corte brusco
vejo na janela um arbusto
A luz se abre em saudades
uma metade minha foi
em busca do rosto dela
Eu, velho etrusco, tosco
idiota rouco, quase boi
pasto a procura de rostos
no capinzal do acaso
Na terra do talvez
vou franzindo a própria tez
Testemunhando a solidão
por volta do meio dia.
Aqui, às voltas do almoço
como meu soluço solitário
Talvez troque a comida
por baforadas de um cigarro
Para flutuar lembranças
há tempo presas no armário
Mas não, comerei a comida fia
por volta do meio dia.
Curitiba, 2/1/2013.

tm

Poesia Restos de ontem


RESTOS DE ONTEM

(Marilda Confortin ouvindo Edith Piaf - non, je ne regrette rien) 



Très bien...
cá estamos nós
a sós,
entre papéis de presentes,
enfeites desfeitos,
Noéis e laços de Natal.


Tudo continua igual.
"Non, rien de nouveau"
O mundo não acabou
a profecia Maia se enganou
e mais uma vez
vamos comer
les restes d´hier.


Vesti um peignoir
para combinar com a lingerie
que você me deu
exscusez-moi, mon amour
nem cheguei a tirar.
Dormi antes de você
apagar o abajour.


Fiz um patê
com as sobras do peru,
um sagu de cabernet sauvignon,
pudim de pão, rabanada
e uma salada de agrião.


“Non, rien de rien
Non, je ne regrette rien”


Eu também não, meu bem.
Por você
eu comeria todo dia
“restê d´ontê”


estela maia



Monumento 6 de Tortuguero. Estela maia que assinala o dia 23 de dezembro de 2012 como o fim de um ciclo e início de outro.

Não matem. Não morram. 
Os maias previram o fim de uma era e começo de outra. 

Quem viver, verá. Vivamos, pois!

Mujeres Poetas en el país de las nubes 2012


Então... não terá moleza no XX Encuentro Internacional de Mujeres Poetas no México. Logo no dia seguinte à minha chegada, antes mesmo da abertura do Encontro, já farei uma leitura numa das casas de cultura, juntamente com Blanca Salcedo da Argentina e Theodoro, do Chile. Olha que programação interessante:



Nos dias 4 a 6, acontecerão as reuniões, debates, oficinas e recitais sob o tema "La República en la vóz de sus poetas" - no centro histórico da cidade do México.
De 7 a 12, a programação será um sufoco. Cada dia em uma cidade diferente. Participarei de todos os recitais e oficinas:

Día 7 - Región Mixteca
- Talleres y recitales en las escuelas de la comunidad de Santo Domingo Yanhuitlán y - Recital de Inauguración en el Ex Convento de Sto. Domingo
 
Día 8 - Villa Tamazulapam del Progreso
- Recital en la Escuela Normal para Maestras
- Recitales, pláticas y talleres en las escuelas de la comunidad
- Recital en el Templo de Nuestra Señora de la Natividad

Día 9 - Nochixtlán y Teposcolula
- Recital en la Capilla Abierta
- Reunión con autoridades municipales
- Regreso a Yanhuitlán
- Recital de Clausura en el Ex convento de Santo Domingo

Día10 - Ciudad de Oaxaca
- Reunión de trabajo
- Recital Museo del Palacio de Gobierno

Día 11 - Monte Albán
- Recitales, pláticas y talleres en las escuelas de la comunidad
- Reunión de trabajo, evaluación y recital de despedida

Día 12 - Recital Universidad La Salle
- y retorno a la Ciudad de México

é uma maratona poética pra ninguém botar defeito. Vou precisam mesmo  dessas asas...

 


haicai ou poetrix, por Aroldo Murá

Na edição do dia 23/11, o colunista  Murá postou uma matéria no Indústria & Comércio, falando sobre minha poesia. Que honra!
Aí está, em arquivo do Indústria&Comércio: https://www.diarioinduscom.com.br/hai-kai-ou-minimalismo-poetico/



Se você disser à poeta Marilda Confortin que ela escreve hai-kais, pode até perdê-la como amiga. Ela é daquelas que faz questão de levar rigorosamente a sério a conceituação de “hai-kai”, forma poética originária do Japão e que tem regras muito específicas. A grande maioria dos poetas, no Brasil, faz “kai-kai” como bem entende: desde que sejam versos de três linhas já são rotulados como tal. Marilda, ao contrário, faz parte e defende o movimento Poetrix, que produz textos poéticos de três linhas, mas chamando-os de “poesia minimalista”.


NAS ESCOLAS
Este ano, Marilda e outros poetas do movimento Poetrix foram às escolas, ministrar oficinas de poesia. Dias 23, 24 e 25 ela estará ministrando as últimas oficinas de Poetrix, na Escola Municipal Mirazinha Braga Braga (a convite da prof. Magali Fressato) e na Escola Municipal Nympha Peplow (a convite da prof. Lucia Felix Pedri), para alunos das 5º séries, “gurizada muito criativa”, segundo a poeta. Ela mesma é bastante versátil, pois conseguiu ser analista de sistemas (já aposentada), sem deixar de ser poeta e cronista. Nascida e crescida em ambiente rural na cidade de Chapecó – SC, teve pouco acesso aos livros na infância. O primeiro contato que teve com a poesia foi na forma oral, por um tio que a ninava recitando poemas de Olavo Bilac.


EM CURITIBA
Aos quinze anos candidatou-se a tirar pó dos livros da biblioteca do Seminário Diocesano próximo à sua casa. Naquele trabalho descobriu os livros. Encantou-se com a palavra. Em 1975 mudou para Curitiba, onde criou raízes e filhos. Estudou na UFPR, trabalhou como analista de sistemas, e nos últimos anos como diretora do Departamento de Tecnologias e Difusão Educacional da Secretaria de Educação, onde foi responsável pela implantação de uma rede de mais de 180 bibliotecas, merecendo o prêmio “Objetivos do Milênio/2009”. Participou da Primeira Antologia Poematrix, e de outras antologias.


LIVROS E EVENTOS
Marilda representou o Brasil em dois eventos internacionais de Poesia: X Encuentro Internacional de Mujeres Poetas no México e Festival Internacional de Poesia de Granada, Nicarágua. Publicou cinco livros, alguns textos avulsos, uma peça de teatro, participou de várias antologias nacionais e internacionais. Recebeu prêmios literários e outros como letrista. Atualmente tem mais de 50 textos musicados. Pertence à Academia José de Alencar e ao Movimento Internacional Poetrix, onde é uma das coordenadoras e incentivadoras mais ativas. Poesia recita em qualquer espaço, bares, teatros, escolas, feiras, festivais de poesia e locais públicos. Mas não digam que são hai-kais!



haicai Coletânea



Lançamento da Coletânea de Haicais

A LÂMPADA E AS ESTRELAS

O livro reúne 10 autores, contém 200 poemas, e presta uma homenagem à poeta Helena Kolody no centenário de seu nascimento.

LOCAL: MUSEU GUIDO VIARO – Rua XV, 1348 (em frente à Reitoria).
DATA: dia 31 de agosto de 2012, sexta-feira, às 19 horas.

OS AUTORES:
 A. A. de Assis, Alvaro Posselt, José Marins, Marilda Confortin,
Rosalva Freitas Brüsch, Rosângela Jacinto, Sandra Benato,
Sérgio Francisco Pichorim, Suzana Lyra Strapasson e Vanice Ferreira,
agradecem a sua presença.
=-=
 Boêmio bebum
garrafa numa mão
e rosas na outra.
(marilda) 

Acróstico para Marilda

de Ana Lúcia Gouvêa da Silva com carinho para Maria Marilda Confortin


Maestrina das letras 
Animadora das palavras
Rimando ou proseando...
Inspiradas e iluminadas
As frases vão se formando!


Mesclando e colorindo
As vezes intrigando e confundindo
Realidade e imaginação
Ilusão ou fascinação...
Lírico, divino ou profano,
Do mundo nada a esconder
A penas... viver e deixar viver!  

 16-07-2012

Mais uma vez a Ana Lúcia, essa poeta linda e querida, me homenageia com seus versos. E mais uma vez, eu agradeço a Deus por ter amigos tão nobres e atenciosos. 

Muito obrigada pelo carinho e por esse belo acróstico,  Ana Lúcia
Link para o blog de Ana: http://poemasanalu.blogspot.com.br/