Às vezes acho que te amo, mas logo passa
É quando chovo.
Tremulo
umedeço
emulo terra no cio
in vulva veritas, choro.
Mas, quando estio
evaporo-te.
Às vezes acho que te amo, mas logo passa
É quando acordo.
Rebooto
reinstalo sabores
saberes
lembranças.
Reluto deletar-te
E salvo-temporariamen-te
É quando me rio.
Diluo
fluo
deságuo em teus braços afluentes.
Esqueço que és
somente um riacho.
Às vezes acho que te amo.
É quando sonho.
Extasio
perco o olhar no vazio
onde vive a saudade
das coisas morridas.
Mas, logo passa.
Tem sempre
um maldito mosquito
que voa de repente
trazendo-me de volta
à realidade.