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Un brindis!

Poema de marilda confortin, lido por Lina Zeron, contido na live "coctel molotov de poemas incendiários", de Lina Zeron e Hoz Léudnadez, México, em 2020.




Tatára e Francine

 ... é que ainda me bate saudades, Tatára e galera. Das noites de música e poesia. Das segundas autorais. Das parcerias incríveis que fizemos aí... daí encontrei esse vídeo, gravado ao vivo no Bar do Tatára, numa noite daquelas. Daí ele também não está mais aqui. 



a gente era assim



Gerson Bientinez

Você sempre será SENSACIONAL, Gersinho!

Meses depois de sua partida, recebi o vídeo da última composição desse grande e amado músico Curitibano, Gerson Bientinez. Parceiro de várias música e amigo de tantas horas. Ainda estou triste, mas, honrada com a citação nessa bela viagem pela cultura curitibana. Saudades eternas, amigo. 



Gerson sempre me "encomendava" parcerias. Me dava um tema e eu que me virasse para escrever. Um dia ele pediu que eu escrevesse algo para ele homenagear uma grande amiga dele. Pediu que fosse um poema engraçado, meio sacana. Me deu o tema: "Sorriso Monalisa". Fiz, né. Ele nem editou o meu "PS de mim pra você". Virou tudo música. Gravou num CD que tem 3 parceiras comigo. Nem tenho esse CD. Coisas do Gersinho. Quem interpreta o "Sorriso Monalisa" é Léo Fressato
Ouçam. Com saudades desse queridão que deve estar aprontando e bebendo todas lá no céu.
 

Música "Ultimato" - letra de marilda confortin

 


Extraído do DVD Mulheres Cantam Mulheres, de 2010.

Música de Marilda Confortin, Ana Sônia Barros e Rosana Barroso.
músicos: Jackson Franklin (violão e guitarra). Wagner Bennert (baixo) , Emílio Piva (teclado) e Ana Sonia Barros (Flauta transversal)
voz : Rosana Barroso e Ana Sonia Barros

Música Sem sono


Tem música nova no pedaço. É uma parceria minha com a Ana Sonia Barros, compositora e intérprete. Está gravada no CD "REVOADA", já a venda nas lojas de disco. Confiram o vídeo:




Música Amorfina. em parceria com Gerson Bientinez

Poema meu, musicado por Gerson Bientinez, com a interpretação impecável do cantor sul-mato-grossense Gustavo Vargas
No piano Sérgio Justen; no violão Gerson Bientinez; no violino Maska (Noruega).



Amorfina
(Marilda Confortin)


O que mata não é a dor

de perder quem se ama.
Enquanto a dor maltrata
é porque ainda há chama, 

há seiva, há gana,
há chance de reacender.

O que mata não é a lembrança,
é a indiferença.
Não é o que se pensa,
é o que se dispensa.

Não, a vida não acaba,
quando o mundo desaba,
eu que aprenda a levantar.

A vida fenece,
quando anoitece e amanhece na rotina.
Nada começa, nada termina,
o amor desvanece, neblina.

A vida termina, coração adormece,
amortece,
amorfina.

Nosso Canto - Nova parceria com Eliane Bastos

Nesta entrevista, Eliane Bastos conta sua trajetória musical como intérprete e mostra pela primeira seu trabalho autoral. Estou muito orgulhosa porque uma das músicas tem parceria comigo. 


Nosso canto
(Eliane Bastos e Marilda Confortin)

Eu quero um canto meu
um canto só onde só caiba eu.

Um canto puro,
ensolarado, seguro
pra guardar meus valores
ideais e amores
antes que eu os negue
que me invadam,
roubem-
me
ceguem-
me
calem
me
reste nada

Eu quero um canto em mim
em si
bemol
ou lá
em sol
um canto só
pra guardar o dó
de nós
dois 

OUÇA A MÚSICA 



Sobre nós e elos

Gravação ao vivo da Rádio Rock, da minha parceria com Edgar Renee. Esse guri é muito bom. Ainda vão falar muito dele nessa cidade. Tenho certeza. Espero o CD, Edgar

Só acontece nas Segundas Autoriais do Bardo Tatára

    
Isso aconteceu na Segunda Autoral do Bardo Tatára. Gravei um trechinho só, com meu celular, perdoe a qualidade ruim, mas procurei alguma gravação do Jambo na Internet e não encontrei nada. É imperdoável pois ele é muito bom. Fazia mais de um ano que eu não o via/ouvia., ele foi embora de Curitiba... Estávamos com saudade, amigo.

O Jambo tem um estilo de tocar violão clássico misturando com  flamenco e MPB, além de compor e cantar maravilhosamente bem. É o tipo de músico que explora todos os recursos do violão e da vóz, até mesmo onde as cordas não alcançam. Se alguém tiver um clipe melhor dele, por favor me envie, pois esse não está à altura desse "monstro".

Outra novidade dessa segunda autoral, foi a presença do artista Carlos Trincheiras, devidamente caracterizado, pintando ao vivo as músicas que estavam sendo interpretadas no palco.  Carlos é português, morou um tempo em Curitiba, depois correu o mundo fazendo exposições de suas obras. A semelhança do nome não é mera coincidência. Ele é filho de Carlos Trincheiras, o mais famoso coreógrafo do Balet Guaíra. No foto abaixo, ele aparece pintando um exército de samurais enquanto o Jambo tocava e o Rafa Gomes cantava "Quase", a música que tem parceria comigo. No final da noite, suas telas foram leiloadas. Eu comprei essa belezura para presentear ao meu filho Ébano. 
Carlos Trincheiras - pintura de música, ao vivo
 Também filmei com meu celularzinho pra guardar de lembraça a cena inusitada da minha roqueira preferida, a Francine, de pé quebrado,  cheia de ferragens e muletas, cantando com o Tatára.
 

ÓLEO SOBRE TELA - MÚSICA DE GEGÊ FÉLIX + POESIA DE MARILDA



Óleo sobre tela

Pouso meus olhos sobre telas de Van Gogh.
Deito-me ao lado do ceifador
e adormeço sobre feixes de trigo.
Cena familiar.
Cedo ao sonho.
Retrocedo à infância.
Vejo-me criança, pura
feito a loucura do pintor.
Inerte, braços abertos,
fingindo-me espantalho
no meio do trigal maduro.
Um gérmen ainda.
Nem sabia o que era poesia
e já sentia.
Os pássaros pensam
que meu cabelos brancos
são feixes de palha.
Espanto-os.
Da janela do sanatório,
Van Gogh se espanta e pinta
corvos sobre o campo de trigo.
Acordo.
Kurosawa sonha comigo.

Estréia de Marilda Confortin no Teatro Peça Marat e Sade



Comédia? Drama?
Mentiras? Verdades?
Loucura? Sanidade?



Marilda Confortin no papel de Simone, a companheira louca do Jean-Paul Marat, no hospício Charenton


“Perseguição e Assassinato de Jean-Paul Marat representado pelo Grupo Teatral do Hospício de Charenton sob a Direção do Marquês de Sade” - Esse é o título original da polêmica peça ficcionista Marat / Sade sobre a Revolução Francesa, escrita em 1964 pelo diretor de cinema e dramaturgo alemão, Peter Weiss.

De 6 a 10 de abril, na programação do Festival de Teatro de Curitiba, os atores do grupo teatral Folha Branca e Todomundonu assumirão os papéis dos loucos de Charenton, misturando as falas da peça original com suas próprias falas.




O texto com livre adaptação do grupo teatral Folha Branca, composições musicais do Trombone de Frutas e sob a direção de Alexandre Bonin ganhou uma dramaticidade atemporal.


Marat: Idealista ou louco?


Marquês de Sade: sádico ou sábio?


Mentiras, falsidades ideológicas, decadência moral e religiosa.
Estamos falando da Revolução Francesa ou dos dias atuais?





Prepare-se para ver o tênue fio que separa a loucura da sanidade.





de 6 a 09/04 - 21 horas
dia 10/04 - 19 horas

INGRESSOS:



A venda nas bilheterias do Festival de Teatro de Curitiba


ou 4003-1212

R$ 20,00 (inteira)

R$ 10,00 (meia)

Clarão da lua - música

Essa seresta à moda antiga ganhou o Festival Nacional Canta Serpro em 1984, Belo Horizonte. É... tamo na estrada desde o século passado.
Poema meu, musicado e interpretado por Marco Guiraud - meu ex-marido, falecido em fevereiro/2010. Infelizmente não chegou a ser gravada. Nesse áudio caseiro, o Marco está tocando para ensinar as posições das notas musicais no violão para nosso filho Ébano - o cantor. 



CLARÃO DA LUA
Poema de Marilda Confortin, música de Marco Guiraud, intérpretada por Ébano Guiraud)

O teu clarão entra pela janela
Invade as profundezas do meu coração
Que bate forte, feito bateria
Num concerto ao vivo, cheio de emoção

Me faz lembrar o tempo em que a vida
Era curar feridas feitas pelo amor
Em que habitavas todas as esquinas
Como lamparina a me fazer cantor

Mas que saudades da viola linda
Que te faz infinda como o céu e o mar
Das madrugadas, todas encharcadas
Com beijos de fadas, sempre a me amar

Das caminhadas pela noite adentro
Com tua presença a me acompanhar
Balet mais lindo, vinhas me seguindo
Um passo atrás do outro até quase alcançar

Estou sentindo aquela nostalgia
Parece magia, que me faz sair
Viola em punho, o sangue fervendo
Coração batendo, querendo explodir

Vem minha musa, sou teu seresteiro,
Vem, me toma inteiro, me faz recordar
Mais que amantes, éramos errantes
Sempre que o dia vinha nos matar

Mas que saudades, da viola linda
Que te faz infinda como o céu e o mar
Das madrugadas todas encharcadas
Com beijos de fadas, sempre a me amar

Minhas lembranças vão me absorvendo
E eu quase cedendo, acho que vou chorar
Não sei se vale, mas tô com vontade
De matar saudades de você, luar.

música ... e por falar em lua

Uma bela parceria minha com Jazomar Rocha, do Quintal da Goiabeira. Está no CD SAMBA CURITIBANO E SUAS RAÍZES. Vale a pena conhecer esse trabalho.



E por falar em lua ...
(poema de Marilda, música de Jazomar)

O por do sol ainda sangrava
e no horizonte já despontava
uma lua recém nascida
pálida e desmilinguida.

Pobre lua prematura
Frágil, nua, com frio
Perdida lá nas alturas
Presa ao mar por um fio.

Órfã dos lobos e crateras,
nasceu sem manto de estrelas
sem um seresteiro a espera
para batizá-la na viola.

Boêmios ainda dormindo
Amantes flagrados nus
Nenhum poeta assistindo
Vagalumes sem luz

Pobre lua, luazinha!
Como eu, nasceu sozinha
Sem berço pra se embalar
Sem ninguém para abraçar.

Pra te ninar, luazinha,
eu fiz esta canção
Pra te mimar, menina
Pra amenizar nossa solidão.

Das flores lá dos Confortins, Mauro Barbosa


Mauro Barbosa é um poço de queridice. E não sou só eu que digo isso. Pergunte a qualquer um, seja homem ou mulher ou criança que o conheça. Ele tem um abraço sempre pronto para receber os amigos e um sorriso farto e contagiante. Suas músicas sempre nos dão um upgrade.
É por isso que ele, e só ele, consegue ver e encantar sereias... Ai ai ai, Mauro. Me bate uma saudade de ti e dessa galera toda... 
Mauro fez uma música pra mim. Fiquei tão emocionada... Fico meia encabulada de mostrar. Não mereço essas homenagens que me fazem em vida. Será que morri e não me avisaram? 
Mas, se eu não posto esses presentes, aqui no meu repositório, como vou lembrar de quem eu era e dos amigos amados que eu tive antes de envelhecer e perder a memória? 
Criei um slide e ilustrei com imagens do lugar onde costumo me esconder de vez em quando: Lá pras bandas de Chapecó, nos matos cheios de flores dos Confortins. Maurão, obrigada querido. Perdoem a qualidade, não sei usar essas ferramentas do Youtube.


DAS FLORES LÁ DOS CONFORTIN
Mauro Barbosa


E aqui embaixo, tá ele cantando sereias no Bardo Tatára, acompanhado pelo Gerson. 


Cuca: Intérprete curitibano foi-se...

CUCA - cantando nosso samba triste e sem nome

Se foi nosso Cuca... que tristeza.  Faleceu nos primeiros dias de maio de 2010. Era um dos melhores  cantores da  noite Curitibana.

Tantos anos ouvindo-o e eu nunca falei seu nome completo.... só o apelido: "CUCA". Ele cuidava de mim nas noites de boemia. Conhecia todos os malandros de Curitiba e se um deles se aproximasse, ele já vinha pra me salvar. 

Cuca nem precisava de instrumentos musicais para acompanhar. Era dono de um vozeirão capaz de calar até os faladores mais  compulsivo dos bares.

Além da saudade, comigo ficou apenas uma fotografia de uma "quinta dos infernos" lá no Villa das Artes onde cantou nos últimos anos e uma gravação caseira de um samba triste e sem nome, composto  por mim, pelo Marco Guiraud (meu marido, também faleceu em fevereiro deste ano),  e pelo s parceiros Washington e Clio Abreu. Fizemos muitas músicas juntos. Chamávamos essa parceria de "5 mares e um rio".  Mas esse é o samba mais triste que compusemos... tão triste que nem nome tem. Até me dá vontade de chorar. Cuca queria gravar essa música. Gravou, mas, só na minha memória e dos parceiros dessa composição. É... Está sendo um ano de muitas perdas esse tal de 2010..

Posto aqui esse samba, como um réquiem  para o Marco e para o Cuca.

SAMBA TRISTE E SEM NOME
Autores: Marco Guiraud, Marilda Marilda Confortin, Washington e Clio Abreu
Intérprete: Cuca


Nada para mim traz alegria
hoje foi só mais um dia
sem flores no meu jardim
sigo tão tristonho meu caminho
só restou aquele espinho
de um amor que teve fim

a esperança é a última a morrer
mas, para sobreviver
quanto ela se transforma!

eu sonhei amor mais que perfeito
que ironia - o meu peito
com migalhas se conforma


Quase poema e música

Quase

Parece que foi ontem.
Eternidade.
Ontem fez um ano.
Ou quase.

Quase morri, quando vi
nosso caso implodir:
Camicase.

Quando te vi sumir,
nas brumas de Avalon,
pensei ser o fim
― o Armagedom.
Mas, sobrevivi,
ou quase.

Teu rosto foi ficando vago,
Como a lembrança de um sonho,
num quadro.

Teu posto ainda está vago,
mas logo reponho.
Tenho um estoque de amor
guardado, novinho em folha.
Prontinho pra dar
para quem ocupar o teu lugar.

É... amor,
a vida é feita de quases
frases, fases.
Essa já passou,
ou quase.

Rafa Gomes foi fisgado por esse poema, quando eu ainda estava escrevendo, lá no Bardo Tatára. Ele pegou o rascunho da minha mão e falou: É meu! Você escreveu pensando em mim, porque acabei de acabar meu namoro. Vou fazer um reggae
Bom, na verdade eu estava escrevendo pro meu filho, que também tinha acabado o namoro, mas, quem sou eu pra discutir com o Rafinha... 
E ficou linda a música. Até ganhou um festival. Ouçam aí: 

QUASE
letra de Marilda Confortin
música de Rafael Gomes


Direção: Rafael Lopes
Direção de Fotografia: Rafael Lopes / Catarina
Edição: Rafael Lopes
Cameras: Helen / Catarina / Rafael Lopes
Roteiro: Mineiro / Rafael Lopes
Video produtora: MF Brothers
Agradecimentos: Marilda, Tatára, Mineiro, Guto Teixeira,
Daniel Peçanha, galera da "Segunda Autoral" e Isabela Freitas. 

VALEU RAFA