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SEQUENCIAL PARA UMA CONTEMPLAÇÃO ABSTRATA

Altair de Oliveira

Pressinto a festa que infesta os olhos
que bebem saias que sugerem vôos
de flores tintas que animam cores
de aves raras com motivos vivos
que giram loucos nesta dança rouca
e tomam a tarde feito revoada
inesperada de alegrados risos
de nove noivas soltas na calçada.

Poema de Altair de Oliveira – publicado no livo "O Embebedário Diverso."
AMANHÃ DE NÉVOA


De muito minha que fostes
No pouco que me tivestes
Já sinto que te pertenço
E te peço, intenso, na prece!

Ficar aqui sem você
Judia, esfria, entristece...
Já te lembrar, dá prazer!
Aquiesço que me aqueces.

Lembro o teu corpo despido
Quando meus braços te vestem
Parece que está florido...
- Eu juro que resplandeces!

Quem sabe um dia aconteça
Que esqueças que me esquecestes
E outra vez me apareças
Com manhas que me amanhecem!


Altair de Oliveira - In- O Lento Alento
surrupiado do blog do Altair: http://poetaaltairdeoliveira.blogspot.com/

POEMA QUE VENTA À BERTA

Altair de Oliveira

Eu na lenta taberna aguënto a menta
Tento o quatro, tonto de aguardente...
E na porta sebenta adentra a Berta
Que incerta se senta "PERNABERTA"
E pela benta saia  "DESCOBERTA"
O meu olhar aperta, mira e entra.
DISTÂNCIAS
Altair de Oliveira

Pudesse, eu seria doce
e, se desse, desde o começo
de sede, eu viesse cedo
relendo o seu endereço.

E fosse avesso do avesso,
azul do tanto que houvesse
gastasse um gesto de gesso
num beijo gosto de festa.

E nunca mais me esquecesse
feliz em todas as espécies...
Por mais que a vida nos perca
e a morte esperta nos pesque.